De acordo com informações da página oficial do senado www.senado.leg.br, as eleições para o Senado, diferente das eleições para a Câmara Federal, são majoritárias, ou seja, é eleito o candidato que obtiver a maior quantidade de votos.
UPAON AÇU- Nessas eleições de 2022 no Maranhão, temos cinco candidatos para ocupar uma só cadeira no Senado Federal. Vem conhecer cada um deles e seus suplentes!
E como funciona essa eleição?
Cada estado do Brasil, dentre eles o Maranhão, tem três senadores com mandatos de oito anos, e a recomposição da Casa se dá alternando-se entre a renovação de 1/3 e 2/3 dos seus membros, de 04 em 04 anos. Isso significa que em 2018 escolhemos dois senadores e em 2022 iremos escolher apenas um.
Cada candidato ao senado tem dois suplentes e quando você está votando no seu candidato, você está automaticamente votando em seus dois suplentes. Por isso, não caia em armadilhas e dê importância a todas as pessoas que compõem a chapa.
Diferentemente da suplência para deputados federais, estaduais e vereadores, em que o mais bem votado do partido após os eleitos assume a vaga, na eleição para senador, o primeiro e o segundo suplentes são escolhidos previamente a partir de critérios próprios do candidato titular, do partido ou da coligação.
Em circunstância de impedimento - que pode ser devido a convite para assumir cargo em ministérios, secretarias, comando de órgãos estatais ou até mesmo por questões de saúde - do senador eleito, quem assumirá será o primeiro suplente. No entanto, se ainda assim este não puder assumir, a vaga passa para o segundo suplente.
É bastante comum que os escolhidos para ocupar a suplência sejam cônjuges ou parentes próximos do candidato principal ao senado. É o caso de Edison Lobão, senador entre 1995 e 2019, em que sua esposa e o filho assumiram sua vaga durante os períodos de licenciamento para assumir o Ministério de Minas e Energia. Em razão dessa recorrência, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) criou um projeto de lei complementar, o PLP 253/2020, que propõe a proibição dessa prática, alegando que são formas de nepotismo entre o titular do senado e seus suplentes.
Maria Antonia Teixeira Dias, conhecida como Antônia Cariongo, tem 42 anos. É coordenadora do Comitê de Defesa dos Direitos dos Povos Quilombolas de Santa Rita e Itapecuru (MA). Se apresenta em suas redes sociais como militante do Movimento Negro e defensora dos Direitos Humanos, feminista e ecossocialista. A sua composição de chapa é majoritariamente Psolista. O 1º suplente é Professor Antonio Alves. Nascido em Tuntum, o professor de ensino fundamental de 54 anos já foi candidato a vice prefeito da cidade de Caxias em 2020 (não eleito). Já o 2º suplente, o trabalhador rural Deco Emanuel Silva e Silva, foi candidato ao cargo de vereador nas últimas eleições (2020), ambos pelo PSOL. | |
Antonio Alves – militar e professor. Com formação militar e professor no município de Caxias desde 2000, o professor Antonio Alves é atuante na política partidária e sindical. Foi candidato a vereador nos anos de 2008, 2012 e 2016. Candidato a deputado federal em 2018, a vice-prefeito de Caxias em 2020 e hoje é o primeiro suplente da candidata do PSOL Antonia Cariongo. | |
Deco nasceu em Bacabal – MA, morou parte da sua infância em Santa Inês (MA) e aos 12 anos mudou-se para Nova Canaã, município de Centro Novo (MA). Aos 14 anos se muda para a capital do estado, São Luís. Trabalhou como diretor e coordenador de casa de apoio em São Luís e em escritório de advocacia antes de se filiar primeiramente ao PDT, onde sai candidato a vereador em 2016, e depois ao PSOL, onde hoje exerce o cargo de presidente municipal de seu diretório. |
Flavio Dino de Castro e Costa foi governador do Maranhão pelo PCdoB por dois mandatos, nos anos de 2015-2018 e 2019-2022. Recentemente se filiou ao PSB, e se licenciou do cargo de governador para concorrer a uma vaga ao Senado.
Sua biografia já é conhecida: foi deputado federal pelo estado do Maranhão (2007-2011), candidato a prefeito de São Luís em 2008 (não eleito) e candidato a governador em 2010 (não eleito). É advogado e professor de direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) desde 1994. Foi juiz federal por 12 anos, exerceu os cargos de secretário‐geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e assessor da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi também presidente da EMBRATUR – Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. | |
Seu primeiro suplente é a enfermeira, empresária e vice-prefeita do município de Pinheiro, Ana Paula Lobato. A esposa do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, o deputado Othelino Neto (PCdoB), protocolou saída de seu antigo partido, o PDT, e se filiou ao atual partido de Flávio Dino, o PSB em março de 2022, se auto proclamou Parda.
Desde janeiro de 2018 Ana Paula é, também, presidente da GEDEMA – Grupo de Esposas de Deputados do Estado do Maranhão. | |
O segundo suplente do candidato Flávio Dino é a vereadora pelo município de Coroatá, Maria de Lourdes Pereira e Pereira, a Lourdinha, do PCdoB. Lourdinha tem 66 anos e é a atual presidente da Câmara de Vereadores de Coroatá. |
A chapa formada pelo pastor da Igreja Batista de Açailândia Ivo Nogueira é toda do partido Democracia Cristã (DC). A 1ª suplente, é a dona de casa de 52 anos Ana Lucia Amaral Nunes da Silva e o 2º suplente é o funcionário público aposentado Celso Raposo de Campos Filho. Nenhum dos dois suplentes tem experiência politica comprovada.
O atual senador Roberto Rocha tenta a reeleição neste ano de 2022 tendo como primeiro suplente o empresário e ex-prefeito do município de Açailândia, Ildemar Gonçalves, do Partido Liberal (PL). Ildemar, um agropecuarista, foi por três mandatos prefeito de Açailândia e é considerado uma liderança política da chamada região tocantina.
O segundo suplente é Heber Waldo Silva Costa, conhecido como Pastor Bel e filiado ao partido AGIR, antigo PTC. Ele é natural do município de Pedreiras, Maranhão, tem 55 anos e foi 2º suplente do ex-senador Edison Lobão entre 2011 e 2019. Está à frente do comando da Igreja Assembleia de Deus no município de Santo Antônio dos Lopes. Chegou a assumir a cadeira no Senado por quatro meses entre 2017 e 2018.
Saulo Costa Arcangeli, funcionário público e professor, formou uma chapa sem coligações, majoritária do PSTU. Seu 1º suplente é Wagner Conceição da Silva, enfermeiro, compõe a executiva estadual da CSP – Conlutas (Central Sindical e Popular), militante do movimento Nacional Quilombo, Raça e Classe. Na CSP – Conlutas integra o setorial camponês, Povos e Comunidades Tradicionais, se auto proclama preto. Seu 2º suplente é o fotógrafo Hernando Cunha Barbosa.
Possíveis configurações da vaga ao senado
De acordo com a pesquisa do Instituto Econométrica/O Imparcial, os candidatos com as maiores intenções de voto são Flávio Dino (PSB), com 55% da preferência dos eleitores, e logo em seguida Roberto Rocha (PTB), o escolhido por 27% dos entrevistados. É nesse cenário que os suplentes ganham protagonismo. Afinal, tanto Dino quanto Rocha são próximos dos dois presidenciáveis mais bem colocados e também possíveis escolhas para ministérios.
Em visita à São Luís (MA), o candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas para a presidência, declarou: “Esse Flávio Dino, ele que se prepare. Ele vai ser eleito senador, mas não será senador por muito tempo. Se prepare, porque vai ter muita tarefa neste país” indicando que Dino pode ser nomeado ministro em um futuro governo seu.
No lado adversário, Rocha também é cotado para ocupar ministério em um possível segundo mandato de Jair Bolsonaro. Principal aliança de Bolsonaro no Maranhão, o candidato do PTB tem se fortalecido como opção para assumir uma pasta no governo federal.
Portanto, conhecer os suplentes dos candidatos ao senado pelo Maranhão nunca foi tão importante. E então, o que achou dos suplentes postulantes ao cargo de senador? Vamos continuar marocando até o fim das eleições para saber como ficam as articulações para a vaga do Maranhão no senado.
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