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Equipe Marocar

Upaon Açu - A checagem faz parte da prática jornalística diária ou deveria fazer. Na realidade, seja pela pressa do fim do prazo ou pelo trabalho sobrecarregado nas redações, a checagem nem sempre é feita da melhor forma, abrindo espaço para um jornalismo declaratório, que se ampara, sobretudo, na fala dos entrevistados. Isso acaba por conferir valor de verdade a declarações equivocadas, em alguns casos.

Pensando o quanto esse tipo de prática é danosa para a área e, principalmente, para o debate político que chega ao público, a Rumbora Marocar surgiu com a proposta de aplicar as técnicas das agências de checagem às declarações feitas pelos candidatos aos cargos públicos, em eleições. 

Portanto, afirmações em planos de governo, em entrevistas divulgadas em grandes veículos de comunicação ou mesmo durante os debates serão devidamente checadas pelos jornalistas que integram o projeto. 

Aqui, vamos detalhar exatamente como é feita essa checagem e classificação para o público. A metodologia começa na coleta do material que será checado, vídeos, áudios ou textos. As afirmações contidas nessas mídias serão checadas pela equipe.

 

Nem tudo que é declarado é checado. Seleciona-se a partir de três critérios: assuntos de interesse público, assuntos que envolvam personalidades de destaque e assuntos que tenham repercutido significativamente na mídia. Vale ressaltar que opiniões não são checadas. O foco são afirmações que contenham dados históricos, estatísticos, comparações e dados relativos à legalidade ou constitucionalidade de um fato.

Na fase de checagem, os jornalistas consultam jornais, revistas e sites oficiais sobre o assunto. Além disso, garimpam a informação em base de dados confiáveis, podendo recorrer, se preciso, às Leis de Acesso à Informação (LAI) e às assessorias de imprensa de órgão públicos ou de empresas privadas. Caso o assunto suscite dúvidas durante a checagem, os profissionais ainda recorrem às entrevistas com especialistas para esclarecer melhor o assunto analisado.

Só após essas etapas, as afirmações são devidamente categorizadas com as etiquetas abaixo:

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TÁ DE MIGUÉ = Falso

A informação está comprovadamente incorreta.

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TODO ATRAPALHADO = Contraditório

A informação contradiz outra difundida pela mesma fonte antes.

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BOTO FÉ = Verdadeiro

A informação está comprovadamente correta.

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AFOBADO = Ainda é cedo para dizer

A informação pode vir a ser verdadeira. Ainda não é.

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ESPARROSO = Exagerado

A informação está no caminho correto, mas houve exagero de mais de 10% e de menos de 100% frente ao total real*.

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FULEIRO = Subestimado

Os dados reais são ainda mais graves dos que o mencionado. A informação foi minimizada de 10% a 100%*.

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RALADO ISSO = Insustentável

Não há dados públicos que comprovem a informação.

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BOTO FÉ, MAS TE LIGA... = Verdadeiro, mas...

A informação está correta, mas o leitor merece um detalhamento.

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SÓ TE OLHO! = De olho

Etiqueta de monitoramento.

Para finalizar, salvo quando as informações são verdadeiras, em todos os outros casos, a Rumbora Marocar entra em contato com a assessoria de comunicação dos candidatos para obter um posicionamento sobre a declaração duvidosa. 

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