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Eleições em São Luís: A Trinca imbatível


Luis Eduardo Neves

Advogado e ativista de direitos humanos





Upaon Açu - Eduardo Braide (Podemos) ainda é o favorito nas pesquisas, seguindo por Duarte Jr (Republicanos) e Neto Evangelista (DEM). Braide colhe frutos das últimas eleições (2016), onde quase leva a prefeitura. Em seguida, foi eleito deputado federal (com a segundo maior votação do Estado), Tem o apoio do Bolsonarismo, inclusive do PSDB, de Roberto Rocha, além do Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Democrático (PSD) e Partido da Mobilização Nacional (PMN).


Duarte Jr era do PCdoB e integrava o governo de Flávio Dino. Elegeu-se ao parlamento com apoio de Josimar do Maranhãozinho (PR), que também controla o PL e várias prefeituras no interior do Estado e fez campanha para Jair Bolsonaro. A vice de Duarte é do PL, Fabiana Vilar, indicada por Josimar. Ela já foi secretária estadual da agricultura do governo Flávio Dino. A coligação do Republicanos conta com a participação do Partido Liberal (PL), Avante, Patriota e do Partido Trabalhista Cristão (PTC). Por isso, é bom dizer que Duarte tem um pé na esquerda e outro no bolsonarismo reacionário.


Neto Evangelista é do DEM, partido da base de apoio de Bolsonaro e recebeu aqui o apoio do MDB, de Roseana Sarney, que também apoia Bolsonaro. Neto Evangelista já conta com o apoio do PDT, PTB, PSL e os secretários do governo Flávio Dino, Rogério Cafeteira e Felipe Camarão. Apesar de filiado ao DEM é da base de apoio ao governo Flávio Dino, de quem já foi Secretário de Assistência Social.


Esses são os três candidatos que ocupam os primeiros lugares nas pesquisas de intenção de votos. À exceção de Rubens Junior (PCdoB) – que também dispõe de grande estrutura de campanha, mas não está bem avaliado nas pesquisas – representam uma trinca praticamente imbatível para a disputa da prefeitura de São Luís. 


Na verdade, Duarte e Neto são trunfos eleitorais a favor da estratégia do governador, uma vez que Rubens Junior aparenta não ter fôlego para chegar ao segundo turno. A farofa ideológica é que não politiza em nada o eleitor. 


Braide joga tudo para vencer já no primeiro turno, mas a divisão de votos do eleitorado não lhe favorece. Afinal, são doze candidatos, pelo menos sete deles dentro do mesmo espectro ideológico da direta.


E a esquerda? Bem, os candidatos da chamada esquerda serão objeto de análise no próximo Bota o teu.

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